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kevenrroques8
26 de set. de 2022
In Paleontologia
O ensino de paleontologia na educação básica, é prevista pelo Ministério da Educação e isso, é um fato! Todavia, as raras vezes em que a paleontologia é introduzida no ambiente escolar, ela se resume a dinossauros e, esporadicamente, se menciona a origem da vida, o que ainda é muito pequeno se considerarmos a densidade e a amplitude dessa área do conhecimento. Essa é, uma realidade que acomete os alunos da educação básica. Existem materiais paradidáticos (livros), que são excelentes ferramentas de auxílio na construção e na complementação do conhecimento paleontológico. Porém, a construção desses materiais pedagógicos pelos paleontólogos, ainda é muito discreta, apesar de se possuir grandes nomes de referência, como: ANELLI, 2003; CAMOLEZ e ANELLI, 2003; HENRIQUES et al., 1999; MACHADO et al., 2003. Embora os livros didáticos sejam materiais que estão intimamente relacionados aos alunos, eles possuem alguns déficits quando o assunto é paleontologia, a citar a: pouca variabilidade de obras para o ensino básico e o conteúdo em si, que na maioria das vezes é superficial e démodé. Outro ponto também que deve ser levado em consideração, é a falta de preparação do professor, uma vez que, os institutos universitários possuem uma preocupação maior em formar pesquisadores do que professores, por exemplo. O professor educador é, o mediador entre o aluno e o conhecimento, todavia, nem sempre ele é preparado corretamente para trabalhar esse conteúdo com plena eficiência. Algo ainda pior acontece no ensino infantil onde, o extinto curso de magistério ou até mesmo o atual curso de pedagogia, faz com que os estudantes se dividam entre outras disciplinas e tenham pouca bagagem nos estudos das ciências e ainda menos, na paleontologia dentro da ciência. Apesar da paleontologia ser uma área complexa, justificada pelo seu caráter integrador por exemplo, causa a sensação de que ela deve se restringir ao ambiente laboratorial porém, há diversos temas que são de relevância social e que não deveriam se ater as paredes da universidade. Problemas então como: deficiência de material pedagógico, deficiência na formação dos alunos e dos professores e o distanciamento entre Universidade-Sociedade, são elementos que se integram e formam um ciclo que sempre culmina no desinteresse geral pelo tema. Todas essas deficiências citadas, geram um certo distanciamento entre a população e a paleontologia, sobretudo das crianças, o que faz com que a população no geral ignore ou nem mesmo conheçam seus ícones e conceitos mais elementares. Se as informações mais elementares são desconhecidas, não há demanda o suficiente para se manter museus e exposições paleontológicas por exemplo, onde a formação escolar poderia ser auxiliada e complementada. Uma vez em que não há demanda, não há maiores interesses por parte dos paleontólogos acadêmicos em investirem tempo e dinheiro de suas pesquisas com a elaboração de materiais pedagógicos, tornando a paleontologia de fato, restrita aos laboratórios. Como foi dito, os estudantes universitários que têm maior contato com a paleontologia, são encorajados a desenvolverem pesquisa, ao passo que, os atuantes da educação básica, só possuem contato com uma formação paleontológica superficial, e não conseguem estimular em seus alunos, interesse pelo tema. Com isso, a paleontologia se torna esquecida ou desconhecida pela população e pelos envolvidos na educação básica e até mesmo, desvalorizada na educação superior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, 1998 BARBIERI, 2002 DELIZOICOV e ANGOTTI, 1990. Mello, F.T.; Mello L.H.C.; Torello, M.B.F. (2005). A Paleontologia na educação infantil: alfabetizando e construindo o conhecimento. Ciência e Educação, v. 11, n. 3, p. 395-410. Doi: 10.1590/S1516 Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/RQpZvQKLgH5KCWTLhVTB34n/?format=pdf&lang=pt acessado em: 22/09/2022
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