O Conceito de Escola Inclusiva preconiza um projeto pedagógico que busque metodologias que favoreçam a integração entre os estudantes e diminua a desigualdade, seja ela física, mental ou social. Um Estudo Realizado por Cientistas do Paraná apresenta o desenvolvimento de uma metodologia que reproduz materiais que podem ser utilizados como recursos didáticos, que normalmente não poderiam ser disponibilizados para manipulação de estudantes. Esses materiais podem ser utilizados em diversas disciplinas como a Paleontologia, Anatomia Animal ou Vegetal e até mesmo a Geologia. Tendo em vista que 20% dos estudantes possuem alterações oftalmológicas como aponta o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), esse assunto é de suma importância para a Educação. Além disso, grande parte das escolas não têm acesso a materiais físicos para aulas práticas referentes a algumas áreas de conhecimento como é o caso da Paleontologia. Mostrar a diferença entre os tipos de fossil pode se tornar bem mais fácil com a peça.
A técnica apresentada no trabalho utiliza borracha de silicone para os moldes e resina poliéster, um composto orgânico derivado do petróleo que passa do estado líquido para o sólido adicionando um catalisador. É Um material de baixo custo, fácil acesso e disponibilidade no mercado
Criação do Molde
No trabalho os cientistas recriaram fóssil de um amonita da subclasse Ammonoidea, um molusco cefalópode da escarpa devoniana do estado do Paraná, cedido do acervo do Museu de Ciências Naturais – Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná pelo seu curador Professor Fernando Sedor.
Para a Criação do Molde eles utilizaram borracha líquida de silicone. O fóssil cuja forma foi copiada foi revestido com uma camada fina de óleo mineral para evitar a aderência de borracha em sua superfície. O Molde foi colocado dentro de um recipiente de plástico e após isso foi derramado a borracha líquida .
Eles usaram cola branca para fixar o verso do fóssil no recipiente para evitar que o mesmo flutuasse
Produção da Cópia
Para a produção da cópia foi utilizado a resina com a seguinte metodologia presente no Artigo:
Em um frasco de vidro eles fizeram a mistura da resina de poliéster com o catalisador e a mistura foi adicionada no molde. O professor também pode adicionar pó de mármore para chegar ao peso aproximado do fóssil e colorir com pigmentos para se aproximar mais da estrutura fossil. Depois de 3 horas já é possível retirar a cópia da forma.
Alfabeto em Braille e Placa Direcionadora
Os Cientistas obtiveram a fonte do Alfabeto Braille e adicionaram a textura do do fóssil em uma placa direcionadora que constava o QR-CODE, para que o estudante tivesse acesso a narração feita previamente pelo professor disponibilizada na plataforma do Youtube.
Conclusões
O material utilizado é de fácil acesso e teve todos os custos reduzidos para abranger as regiões de baixa e média renda onde se concentra a maioria da população com deficiência visual. Esse material permite que o docente possa utilizar outras estratégias para os alunos utilizando as peças para a fixação da disciplina.
REFERÊNCIAS
TANHOFFER, Claudia Maria Sallai et al. Guia áudio tátil em resina de poliéster: uma proposta de modelo de material didático voltado à educação de cegos. Evidência, v. 20, n. 1, p. 81-94, 2020.
Muito bacana Lucas! Legal ter trazido esse texto, que além da paleontologia abordar aspectos essenciais que devem ser atentados em qualquer área do conhecimento: acessibilidade, ensino e incluso. Parabéns.