Os pterossauros são répteis extintos que viveram no Triássico Superior até no final do período Cretáceo. Eles eram animais adaptados ao voo ativo e possuíam características peculiares, como quatro dígitos na mão, sendo que o quarto era bastante alongado para sustentar a membrana alar que permitia o voo, além de possuírem um pescoço longo em relação ao tamanho do corpo.
Fósseis deste animal são encontrados em todos os continentes, entretanto raramente são descobertos devido a difícil fossilização dos ossos que são finos e frágeis.
No Brasil, fósseis de uma nova espécie de Pterossauro foram encontrados na cidade de Cruzeiro do Oeste, no estado do Paraná. Os fósseis, da espécie Caiuajara dobruskii, foram encontrados no noroeste do estado que fica no interior do continente, diferentemente de outros fósseis encontrados pelo mundo que ficam perto de regiões costeiras.
A tafonomia é um estudo que analisa os processos que ocorreram da morte, soterramento até a fossilização de um organismo, e foi utilizada para verificar como os fósseis foram parar no interior do continente.
No continente, o transportador dos restos esqueletais foi a água e normalmente ela age de maneiras diferentes a depender do tipo de osso presente. Os ossos podem ser pequenos e leves, sendo de fácil transporte; ossos que se movem por processos de rolamento e saltação; e ossos pesados que dificilmente são transportados.
Para analisar os processos que ocorreram com os fósseis encontrados no continente foram utilizadas peças tombadas do Museu da Terra e da Vida, da espécie de pteroussauro Caiuajara dobruskii encontrados na cidade de Cruzeiro do Oeste.
Os ossos dessa espécie possuíam paredes pouco espessadas o que resulta em ossos com peso reduzido. Essa característica possibilitou que até mesmo elementos pesados, como o crânio, fossem transportados, juntamente com os outros ossos, da região costeira para o interior do continente.
Bibliografia:
Weinschütz, L.C.; Wantowsky, M.D. (2018). Análise da Transportabilidade de Restos Esqueletais do Bone Bed de Pterossauros de Cruzeiro do Oeste, Grupo Caiuá, Cretáceo da Bacia Sedimentar do Paraná. Saúde Meio Ambiente, v. 7, n. 2, p. 74-80. Disponível em: http://ojs.unc.br/index.php/sma/article/view/1679. Disponível em http://ojs.unc.br/index.php/sma/article/view/1679 (acessado em: 06/11/2023)