O mundo dos fósseis é um recanto de descobertas que tocam a curiosidade e a imaginação. É bem provável que você já tenha, alguma vez, visto a representação de um animal extinto, que viveu no passado distante, e se intrigado com sua aparência única, imaginando como seria ver aquele bicho pessoalmente. Uma triste verdade, no entanto, especialmente para os mais curiosos, é que todas aquelas belas reconstruções são apenas hipóteses: nós nunca saberemos, de fato, qual era a aparência desses organismos. Isso é tão verdade que, ao longo do tempo, com a realização de mais estudos, as interpretações da morfologia dos seres vivos fossilizados podem mudar. Até mesmo o famosíssimo tiranossauro rex sofreu esse destino – se anteriormente era imaginado como um animal coberto de escamas, com pele similar à de um lagarto, de postura mais ereta e cauda apoiada no solo, com o tempo, ele passou a ser reconstruído apresentando algum nível de plumagem esparsa, e com a cauda mais ou menos à mesma altura da cabeça, andando com a coluna quase na horizontal.
Esse processo de reinterpretação é comum, em maior ou menor grau, mas um dos casos mais drásticos e emblemáticos é a história da descrição do animal vermiforme Hallucigenia sparsa. Descoberto em 1911 pelo paleontólogo Charles Walcott no Canadá, o organismo foi nomeado Canadia sparsa e inserido no grupo Polychaeta, que inclui alguns parentes marinhos das minhocas. O fóssil, estimado em 508 milhões de anos, foi encontrado no Folhelho Burgess, um sítio fossilífero também descoberto por Walcott dois anos antes, especial por seu potencial de preservação excepcional de organismos do período Cambriano. Esse estranho ser vivo tinha pouco mais de um centímetro, apresentando um corpo cilíndrico e alongado, com espinhos enfileirados em sua superfície e apêndices aparentemente mais flexíveis do lado oposto.
Por muito tempo depois disso, Canadia sparsa passou praticamente despercebido, até que, em 1977, atraiu os olhares do pesquisador inglês Simon Conway Morris. Ele discordou radicalmente da classificação inicial de Walcott, afirmando que o animal representava um grupo de animais nunca antes visto, e renomeando-o Hallucigenia sparsa, em virtude de sua aparência “bizarra e surreal” – em suas palavras –, como algo vindo de uma alucinação. Morris propôs que ele caminharia sobre seus espinhos pareados, que funcionariam como pernas rígidas e inarticuladas, e que os apêndices em seu dorso seriam tentáculos utilizados para transportar alimento até a cabeça, que corresponderia à mancha escura e globosa em uma das extremidades do fóssil. Alternativamente, ele fez a inusitada previsão de que talvez cada tentáculo contasse com uma “mini boca” própria, que se conectaria ao sistema digestório central do animal... Bem alucinante mesmo.

Fóssil de Hallucigenia sparsa encontrado no
Folhelho Burgess (Smithsonian Institution –
National Museum of Natural History).
Escala: 5 mm
No entanto, em 1991 essa visão foi virada de cabeça para baixo – literalmente. Ao estudar outro fóssil, chamado Microdictyon, a dupla de paleontólogos Lars Ramsköld e Hou Xianguang percebeu suas semelhanças com Hallucigenia – isto é, se ele fosse invertido. Eles, então, propuseram que os espinhos do animal ficavam em suas costas, funcionando como estruturas de defesa, e que os “tentáculos” na verdade eram pareados e representavam pernas, que inclusive contavam com garras em suas extremidades. Agora se tornava mais claro que o animal era parte de um grupo chamado Lobopodia, aparentado aos artrópodes atuais – grupo que inclui aranhas, caranguejos, insetos e muitos outros.
Apesar dessa enorme mudança de paradigma, Ramsköld, em 1992, fez mais um adendo: além de o bicho ter sido descrito de cabeça para baixo, também estava de trás para frente – e ele e Hou tinham deixado isso passar batido no ano anterior. Os pesquisadores haviam mantido a ideia de Morris de que o grande círculo encontrado nos fósseis seria a cabeça, mas análises mais precisas revelaram que esse não era o caso. Ramsköld propôs que a mancha escura antes considerada a região cefálica do animal seria, na verdade, o resultado da expulsão de fluidos corporais e matéria orgânica a partir da cauda após a morte. E a sugestão foi bem recebida: consolidou-se, então, a ideia geral da aparência do bicho.

As várias interpretações de Hallucigenia sparsa
ao longo do tempo (commons.wikimedia.org)
Dessa forma, os maiores enigmas relacionados à morfologia de Hallucigenia estavam solucionados. Estudos posteriores, com uso de mais fósseis e tecnologia mais avançada, revelaram interessantes detalhes adicionais, no entanto. Aparentemente, o animal contava com um par de olhos simples na cabeça, além de dentes em sua faringe que auxiliariam no processamento de comida. Além disso, os três primeiros pares de apêndices ventrais seriam mais longos, esguios e flexíveis que os demais, tendo funcionado efetivamente como tentáculos – possivelmente auxiliando na alimentação, mais ou menos como havia proposto Morris, de maneira mais peculiar. O organismo viveria caminhando sobre o fundo do mar, buscando por alimento com ditos tentáculos, enquanto era protegido por seus espinhos. As pesquisas também têm concordado em certo nível que ele seria próximo dos chamados “vermes aveludados”, parte do grupo Onychophora e parentes dos artrópodes. Ainda hoje, entretanto, há muito a ser discutido e descoberto – apesar de talvez parecer produto de uma alucinação, certamente os mistérios e as curiosidades que rondam Hallucigenia são bem reais.

Reconstrução de Hallucigenia sparsa de acordo com a
morfologia mais aceita atualmente (SMITH; CARON, 2015)
Referências:
MORRIS, S. C. A new metazoan from the Cambrian Burgess Shale of British Columbia. Palaeontology, v. 20, n. 3, p. 623–640, ago. 1977.
RAMSKÖLD, L. The second leg row of Hallucigenia discovered. Lethaia, v. 25, n. 2, p. 221–224, abr. 1992.
RAMSKÖLD, L.; XIANGUANG, H. New early Cambrian animal and onychophoran affinities of enigmatic metazoans. Nature, v. 351, n. 6323, p. 225–228, maio 1991.
SMITH, M. R.; CARON, J.-B. Hallucigenia’s head and the pharyngeal armature of early ecdysozoans. Nature, v. 523, n. 7558, p. 75–78, 24 jul. 2015.








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