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A relação de dependência no Mutualismo: Associação saudável ou danosa?

Atualizado: 26 de fev. de 2022


O Mutualismo é a classificação atribuída a uma das relações existentes entre os organismos, podendo ser uma associação obrigatória ou não. Vamos conhecer a fundo algumas curiosidades sobre esse tipo de relação ecológica?

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Conceituando Mutualismo

A relação mutualística está presente no dia a dia em formas que comumente não são observadas com atenção. Esta associação entre espécies diferentes (interespecífica) ocorre quando ambas são beneficiadas, podendo viver livremente e de forma independente, como acontece no Mutualismo Facultativo. Além disso, pode dar - se de maneira que as espécies necessitam uma da outra para sobreviver, o chamado Mutualismo Obrigatório.

O Mutualismo pode ser dividido não só quanto a forma de dependência (obrigatória ou não) entre as espécies, mas também de acordo com o objetivo com que essa relação foi estabelecida. Portanto, pode ser classificado em três categorias:

  1. Mutualismo trófico: Há o fornecimento de nutrientes de um organismo para o outro, podendo ser obrigatório e facultativo.

  2. Mutualismo defensivo: Interação que possui como principal objetivo o provimento de nutrientes, enquanto a outra espécie fornece defesa contra predadores.

  3. Mutualismo dispersivo: Responsável pela dispersão de sementes ou pólen, em troca de alimento (néctar ou frutos).

Quais os principais exemplos?


Um dos principais exemplos de relação mutualística está na interação entre formigas - pulgões. O papel desempenhado pelos organismos consiste na alimentação do inseto com o excesso da seiva excretada pelos pulgões, gerando uma relação de proteção em troca de alimento, formando a base da relação entre os envolvidos.


Formigas alimentando - se da excreta do pulgão
Formigas alimentando - se da excreta do pulgão. Fonte: G1.

Outro exemplo é a relação estabelecida entre os corais, que desempenham papéis fundamentais na ecologia marinha, e as microalgas Zooxantela. Nesse caso de mutualismo obrigatório, as algas possuem a função de realizar o processo de fotossíntese, prover o oxigênio que o coral necessita e também são responsáveis pela coloração. Isso acontece porque as Zooxantela são marrons (quanto mais algas, mais coloração amarronzada para os corais). Por sua vez, os corais são responsáveis por fornecer abrigo seguro e com nutrientes que tornam possível a realização da fotossíntese pelas algas.


Corais.
Corais. Fonte: Áthila Bertoncini/Projeto Coral Vivo


Qual sua Importância no contexto Ambiental?


As relações ecológicas são diversas e extremamente importantes para o ecossistema.

O Mutualismo por sua vez, é necessário para que haja manutenção do equilíbrio das populações que estão interagindo, vez que os organismos envolvidos possuem uma relação (obrigatória ou não) de vantagens mútuas, desempenhando funções que não conseguiriam sozinhos.

Como é possível observar no exemplo abaixo, a polinização das abelhas (mutualismo dispersivo) é um processo indispensável e eficiente não só para a reprodução das plantas, mas também para a produção de frutos.

Polinização realizada por uma abelha. Fonte: Banco de imagens Pixabay

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Para você, professor:

Você pode direcionar sua aula utilizando este conteúdo para abordar o tema Relações Ecológicas e a importância dos corais para o meio ambiente.



Escrito por: Glenda Melo

Revisado por: Juliana Cuoco Badari (@jujubadari)



Referências bibliográficas:


NETO, S.R.S. Quando os corais decolorem. Com ciência, São Paulo, mar, 2020. Disponível em: https://www.comciencia.br/quando-os-corais-descolorem/

Acesso em: 13 de fevereiro de 2022.


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDO DAS ABELHAS. Abelhas e a polinização. Disponível em: https://abelha.org.br/abelhas-e-a-polinizacao/

Acesso em: 14 de fevereiro de 2022


Vicente, R. E. Vieira da Silva, I., & Junqueira Izzo, T. (2020). Jardins de formigas: qual o estado do conhecimento sobre essas interações mutualísticas entre formigas e plantas?. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 15(1), 55-63. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v15i1.236

Acesso em: 15 de fevereiro de 2022


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