Marcela Avellar
27 de jan de 20213 min
Atualizado: 17 de abr de 2022
Morcegos são mamíferos que muitas vezes ficam de cabeça para baixo. Mas, por que eles possuem tal comportamento? A resposta é explicada pela anatomia do animal que dá mais facilidade dele se lançar para o voo e maior segurança para os morcegos. Vamos entender como funciona?
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Basta clicar em qualquer tópico e ir para a parte que você deseja:
Como os morcegos conseguem ficar de cabeça para baixo?
Por que dormir de cabeça para baixo é importante para os morcegos?
Curiosidade: morcegos mamam?
Morcegos na sala de aula
Os membros posteriores dos morcegos sofreram diversas adaptações e com isso se tornaram incapazes de sustentar o próprio corpo.
Isso não é problema, pois esses animais desenvolveram um mecanismo de contra-peso por meio de um dispositivo de “trava” automático ativado pelo próprio peso, que faz:
Com que os tendões dos dedos mantenham estes involuntariamente tensionados, sem contrações musculares;
Permite que o bichinho suporte o peso do corpo de cabeça para baixo com um gasto bastante reduzido de energia.
A curvatura do joelho desses animais também possui uma diferença: a rótula (osso que compõe o joelho) se encontra voltada para trás em relação ao corpo.
Assim, é até possível morrer dormindo e continuar pendurado!
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A postura de repouso com a cabeça voltada para baixo se tornou vantajosa por dois motivos principais:
Possibilita ao morcego maior facilidade de se lançar para o voo, graças à força da gravidade, quando o morcego se solta ele ganha impulso para iniciar o voo sem gastar energia;
Maior segurança: quando dormem, possibilita maior segurança e um “sono” tranquilo, porque ficam pendurados num lugar de difícil acesso e estão susceptíveis a predadores durante o dia.
Sim! Os morcegos são mamíferos e também possuem glândulas mamárias, geralmente 2 localizadas na lateral do tórax do animal. Algumas espécies do gênero Lasiurus podem apresentar 4 mamas.
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Após o nascimento, as fêmeas amamentam seus filhotes por um período de 40 a 90 dias, e em boa parte desse tempo ela carrega o filhote preso em seu corpo enquanto voa para buscar alimento. Observe como ocorre esse processo:
As mamas nesse período costumam ficar bem salientes e sem pelos ao redor, formando um pequeno círculo.
Quando uma fêmea já passou pelo processo de amamentação as mamas costumam ficar mais enegrecidas.
Com esse tema é possível fazer uma discussão com os alunos, para que eles criem suas próprias hipóteses sobre o tema. E o professor após, explica a resposta certa para a questão.
Baseado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) abaixo estão as habilidades que podem ser trabalhadas nesse tema, para ajudar na preparação da aula.
Ensino fundamental:
(EF02CI04) Descrever características de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que eles vivem.
(EF03CI04) Identificar características sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo.
(EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso.
Ensino médio:
(EM13CNT202) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações
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Como as baleias respiram se vivem no mar?
Como a ecolocalização funciona?
Como é feita a clonagem de animais?
Escrito por: Marcela Avellar
Revisado por: Júlia Quintaneiro e Luiz Ottoni
Referências Bibliográficas:
LAURINDO, R. S.; NOVAES, R. L. M. Desmitificando os Morcegos. Monte Belo: ISMECN. 27 p.; il. color. (Série Cartilhas de Educação Ambiental). 2015.
NEUWEILER, G. The biology of bats. New York: Oxford University Press. 2000, 310p.
REIS, Nélio R. dos et al. (Ed.). Morcegos do Brasil. Londrina: Nelio R. dos Reis, 2007. 153 p.