Morcegos são mamíferos que muitas vezes ficam de cabeça para baixo. Mas, por que eles possuem tal comportamento? A resposta é explicada pela anatomia do animal que dá mais facilidade dele se lançar para o voo e maior segurança para os morcegos. Vamos entender como funciona?
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Como os morcegos conseguem ficar de cabeça para baixo?
Os membros posteriores dos morcegos sofreram diversas adaptações e com isso se tornaram incapazes de sustentar o próprio corpo.
Isso não é problema, pois esses animais desenvolveram um mecanismo de contra-peso por meio de um dispositivo de “trava” automático ativado pelo próprio peso, que faz:
Com que os tendões dos dedos mantenham estes involuntariamente tensionados, sem contrações musculares;
Permite que o bichinho suporte o peso do corpo de cabeça para baixo com um gasto bastante reduzido de energia.
A curvatura do joelho desses animais também possui uma diferença: a rótula (osso que compõe o joelho) se encontra voltada para trás em relação ao corpo.
Assim, é até possível morrer dormindo e continuar pendurado!
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Por que dormir de cabeça para baixo é importante para os morcegos?
A postura de repouso com a cabeça voltada para baixo se tornou vantajosa por dois motivos principais:
Possibilita ao morcego maior facilidade de se lançar para o voo, graças à força da gravidade, quando o morcego se solta ele ganha impulso para iniciar o voo sem gastar energia;
Maior segurança: quando dormem, possibilita maior segurança e um “sono” tranquilo, porque ficam pendurados num lugar de difícil acesso e estão susceptíveis a predadores durante o dia.
Curiosidade: Morcegos mamam?
Sim! Os morcegos são mamíferos e também possuem glândulas mamárias, geralmente 2 localizadas na lateral do tórax do animal. Algumas espécies do gênero Lasiurus podem apresentar 4 mamas.
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Após o nascimento, as fêmeas amamentam seus filhotes por um período de 40 a 90 dias, e em boa parte desse tempo ela carrega o filhote preso em seu corpo enquanto voa para buscar alimento. Observe como ocorre esse processo:
As mamas nesse período costumam ficar bem salientes e sem pelos ao redor, formando um pequeno círculo.
Quando uma fêmea já passou pelo processo de amamentação as mamas costumam ficar mais enegrecidas.
Morcegos na sala de aula
Com esse tema é possível fazer uma discussão com os alunos, para que eles criem suas próprias hipóteses sobre o tema. E o professor após, explica a resposta certa para a questão.
Baseado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) abaixo estão as habilidades que podem ser trabalhadas nesse tema, para ajudar na preparação da aula.
Ensino fundamental:
(EF02CI04) Descrever características de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que eles vivem.
(EF03CI04) Identificar características sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo.
(EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso.
Ensino médio:
(EM13CNT202) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações
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Escrito por: Marcela Avellar
Revisado por: Júlia Quintaneiro e Luiz Ottoni
Referências Bibliográficas:
LAURINDO, R. S.; NOVAES, R. L. M. Desmitificando os Morcegos. Monte Belo: ISMECN. 27 p.; il. color. (Série Cartilhas de Educação Ambiental). 2015.
NEUWEILER, G. The biology of bats. New York: Oxford University Press. 2000, 310p.
REIS, Nélio R. dos et al. (Ed.). Morcegos do Brasil. Londrina: Nelio R. dos Reis, 2007. 153 p.
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