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O megalodon ainda existe?

Atualizado: 18 de set. de 2022

O megalodon surgiu há mais de 23 milhões de anos e media cerca de 18 metros de comprimento. Esse enorme predador viveu por praticamente todo o planeta e se alimentava de grandes animais como baleias e outros tubarões. No entanto, o desaparecimento de muitas espécies de baleias e o surgimento de novos predadores o levaram à extinção.

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Quem era o megalodon?


O megalodon, ou megalodonte, foi o maior tubarão que já existiu na Terra. Seu nome científico, Otodus megalodon, vem do grego: “megas”, que quer dizer grande ou poderoso, e “odon”, que vem da palavra grega para “dente”. Seus dentes mediam em torno de 18 centímetros de altura, fazendo jus ao significado de seu nome “megadente”.


Com cerca de impressionantes 15 metros de comprimento, mais do que o dobro de um tubarão-branco, alguns estudos dizem que o megalodon podia chegar a, no mínimo, algo entre 88 e 100 anos de idade! Sendo um animal de enorme porte, o megalodon se alimentava de animais relativamente grandes como golfinhos, baleias e até mesmo outros tubarões.


Alguns estudos atribuem seu grande tamanho a endotermia, capacidade de um organismo de utilizar seu metabolismo para manter seu corpo, ou partes dele, com temperaturas mais altas e constantes, e ao canibalismo intra-uterino, onde o primeiro embrião a nascer e se desenvolver come os demais menos desenvolvido. Se você quer saber mais sobre o canibalismo intra-uterino, leia sobre ele em nosso texto sobre a reprodução dos Condrictes aqui.



Um dente de megalodon sendo segurado com duas mãos e uma régua ao lado para escala
Um fóssil de dente de megalodon com escala. Fonte: Pixabay.

Quando o megalodon existiu? Onde ele vivia?


Estudos que analisaram registros fósseis do megalodon indicaram que ele viveu na Era Cenozóica, surgindo no início do período Mioceno e foi extinto entre o final do período Plioceno e o início do Pleistoceno. Isto quer dizer que ele teria surgido mais ou menos a 23 milhões de anos e desapareceu entre 2,5 e 2,6 milhões de anos atrás.


O megalodon era uma espécie cosmopolita, ou seja, vivia praticamente por todo o planeta. Ele podia ser encontrado nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, das regiões tropicais de águas quentes até zonas temperadas com águas mais frias. No entanto, os adultos costumavam ficar mais restritos a águas mais quentes.


O megalodon ainda existe?


Ao contrário do que alguns documentários sensacionalistas e filmes da cultura pop gostam de dizer que o megalodon ainda existe, o megalodon está realmente extinto. É praticamente impossível que um animal com esse tamanho passe despercebido por pesquisadores sem nem ao menos deixar indícios como marcas de mordidas em algum animal. As regiões mais profundas do Oceano não possuem oferta de alimento necessária para um megalodon se manter escondido de nós.


No entanto, estudos sobre o que levou à extinção desses animais apresentam alguns resultados interessantes. A hipótese mais aceita é a de que estes animais tenham desaparecido principalmente por conta da falta de alimento e competição com outros predadores de topo. Um fator secundário seria a diminuição da temperatura do planeta.


O declínio do megalodon indicado pelos fósseis coincide com a extinção de boa parte da diversidade de grandes cetáceos do Mioceno, suas principais presas. Também é por volta deste período que começam a surgir novas espécies de predadores de topo, muito similares e próximos da orca e tubarão-branco. Esses predadores teriam competido, e ao que tudo indica, ganhado a competição, com o megalodon pela posição de grande predador do oceano.


Escrito por: Eduardo Gastal

Revisado por: Érika Pinheiro

Quer saber mais sobre assuntos de biologia? Visite nosso Instagram e consulte nossos posts. Confira também, abaixo, textos relacionados com a temática extinções e tubarões:


Como citar este texto:


GASTAL, E. R. S.; PINHEIRO, E. F. O megalodon ainda existe?. Potencial Biótico. Disponível em: <https://www.potencialbiotico.com/post/megalodonaindasexite>. Acesso em:


Referências:


PIMIENTO, Catalina et al. Geographical distribution patterns of Carcharocles megalodon over time reveal clues about extinction mechanisms. J. Biogeogr., 43: 1645-1655, Março de 2016. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/jbi.12754>. Acesso em: 31 de Maio de 2021.

SHIMADA, Kenshu. The size of the megatooth shark, Otodus megalodon (Lamniformes: Otodontidae), revisited . Historical Biology, Setembro de 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/08912963.2019.1666840>. Acesso em: 31 de Maio de 2021.

SHIMADA, Kenshu, BECKER, Martin, A., GRIFFITHS Michael, L. Body, jaw, and dentition lengths of macrophagous lamniform sharks, and body size evolution in Lamniformes with special reference to ‘off-the-scale’ gigantism of the megatooth shark, Otodus megalodon, Historical Biology, Outubro de 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/08912963.2020.1812598>. Acesso em: 31 de Maio de 2021.


SHIMADA, Kenshu, BONNAN, Matthew, F., BECKER, Martin, A., GRIFFITHS, Michael, L. Ontogenetic growth pattern of the extinct megatooth shark Otodus megalodon - implications for its reproductive biology, development, and life expectancy, Historical Biology, Janeiro de 2021. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/08912963.2020.1861608>. Acesso em: 31 de Maio de 2021.


WEI-HAAS, Maya. O Megalodonte está definitivamente extinto – o tubarão-branco pode ser o culpado. National Geographic, 2019. Disponível em: <https://www.natgeo.pt/animais/2019/02/o-megalodonte-esta-definitivamente-extinto-o-tubarao-branco-pode-ser-o-culpado>. Acesso em: 31 de Maio de 2021.


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