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Como a Residência Pedagógica está revolucionando a educação? Confira!

Atualizado: 27 de out de 2022

O Programa de Residência Pedagógica possui, dentre outros objetivos, fortalecer e aprofundar a formação teórico-prática de estudantes de cursos de licenciatura. Você é estudante de licenciatura e quer conhecer mais sobre a Residência Pedagógica? Não deixe de ler este artigo!

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O que é Residência Pedagógica?


A Residência Pedagógica é um programa promovido pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e possui, como uma de suas finalidades, impulsionar projetos institucionais de residência pedagógica implementados por Instituições de Ensino Superior, além de contribuir para o desenvolvimento de alunos dos cursos de licenciatura para a formação inicial de professores da educação básica.


O Programa de Residência Pedagógica (PRP), em linhas gerais, compõe uma parte do processo de modernização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), trazendo uma novidade como um diferencial: a formação do estudante do curso de graduação somado ao estágio supervisionado.


Quem faz acontecer a Residência Pedagógica?


No programa, há uma verdadeira rede de apoio firmada entre:


  • Residentes pedagógicos, que atuam na linha de frente com as atividades educacionais;


  • Professores preceptores, que supervisionam os licenciandos na elaboração e execução das atividades;


  • Docente orientador da Instituição, responsável por planejar e orientar as atividades dos residentes de seu núcleo de residência pedagógica;


  • Coordenador(a) institucional, responsável pela execução do projeto institucional de Residência Pedagógica de toda a Instituição de Ensino Superior (IES).


Vale ressaltar que cada um destes participantes recebem bolsas, que são, respectivamente, R$400,00 (quatrocentos reais), R$765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais), R$1.400,00 (mil e quatrocentos reais) e R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) (valores respectivos ao ano de 2022).


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Como funciona a Residência Pedagógica?


Há algumas etapas a serem seguidas para que o projeto do subnúcleo (referente a determinado curso de uma Instituição de Ensino Superior) seja aprovado e executado.


Inicialmente, a CAPES lança editais que estabelecem os requisitos e os procedimentos relativos à participação das Instituições de Ensino Superior (IES) interessadas. Desse modo, cada coordenador dos subnúcleos se unem para realizar a submissão dos projetos institucionais.


Esses projetos devem ser desenvolvidos pelas IES de forma articulada e alinhada às demandas das redes de ensino, e com as escolas públicas de educação básica, contemplando diferentes aspectos e dimensões da residência pedagógica.


Após a aprovação dos projetos, os coordenadores de cada subnúcleo, com o auxílio de professores colaboradores, desenvolvem os editais para o ingresso de licenciandos.


Como se tornar residente pedagógico?


Para participar do Programa de Residência Pedagógica, o graduando deve ter concluído pelo menos 50% do curso de licenciatura.


Com a liberação dos editais pelos coordenadores dos subnúcleos dos cursos, em cada IES, os estudantes devem se inscrever e participar do processo seletivo de acordo com o que é exigido no edital.


Fique atento aos prazos e aos critérios estabelecidos para a seleção. Não perca essa grande oportunidade de evoluir academicamente e como futuro docente da educação básica!


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O que é desenvolvido no Programa de Residência Pedagógica?


Uma série de atividades, seguindo metodologias ativas a partir da utilização de recursos didáticos, são desenvolvidas durante a vigência do programa. Primeiramente, essas atividades devem ser planejadas em conjunto com os residentes, professores preceptores e docentes orientadores, alinhando às necessidades das escolas-alvo.


Todas as atividades devem ser alinhadas aos objetivos apontados pela CAPES, sendo eles:


  • Fortalecer e aprofundar a formação teórico-prática de estudantes de cursos de licenciatura;


  • Contribuir para a construção da identidade profissional docente dos licenciandos;


  • Estabelecer corresponsabilidade entre IES, redes de ensino e escolas na formação inicial de professores;


  • Valorizar a experiência dos professores da educação básica na preparação dos licenciandos para a sua futura atuação profissional;


  • Induzir a pesquisa colaborativa e a produção acadêmica com base nas experiências vivenciadas em sala de aula.


Propostas de aulas lúdicas são sempre bem vindas ao Programa de Residência Pedagógica. No caso das Ciências da Natureza, como exemplo, aulas práticas de laboratório e aulas de campo são fundamentais para despertar ainda mais a curiosidade científica dos estudantes, baseada nas problemáticas do dia a dia.


É válido que, ao término do programa, os residentes, preceptores e docentes orientadores levem à frente os resultados obtidos durante a execução da residência pedagógica, apresentando-os em eventos regionais, nacionais e, até mesmo, internacionais. Além de poderem escrever resumos para congressos, revistas científicas e em capítulos de livros.


Esse tipo de ação facilita a disseminação de estudos, provenientes da vigência da Residência Pedagógica, além de representar o núcleo o qual estava inserido.


Minhas experiências no Programa de Residência Pedagógica


Fui residente pedagógico entre outubro de 2020 e março de 2022. Minha experiência como residente pedagógico foi de grande valia, apesar de desafiadora, devido ao período remoto com todas as suas dificuldades perante a pandemia de COVID-19. Dessa maneira, houve a necessidade de superação e desdobramentos para transpor as barreiras.


Entretanto, posso dizer com propriedade que os 18 meses de formação continuada foram excepcionais para minha trajetória acadêmica e como ser humano.


Atuar em sala de aula como professor me ajudou a compreender a realidade em diversos espaços do âmbito escolar, desde o planejamento das aulas, acompanhamento de atividades de ensino (regência dos demais residentes e reuniões pedagógicas com gestores e demais professores) até a estruturação e organização do corpo pedagógico da escola para proporcionar aos alunos o melhor para estes momentos de ensino.


A figura 1 mostra o redator Manoel Pontes executando atividades do programa de residência pedagógica. Na imagem A, Manoel apresenta um slide intitulado “Ixe, tem as células falsas?”, de uma postagem do Potencial Biótico em seu Instagram, durante uma aula sobre células. As imagens B e C mostram Manoel realizando uma aula prática de zoologia dos invertebrados. A imagem D mostra a apresentação de um dos trabalhos realizados na residência pedagógica no 1º Seminário PIBID e RP da Região Nordeste, intitulado “Recursos audiovisuais como ferramenta pedagógica na aprendizagem de biologia, no contexto do ensino remoto: um relato de experiência”.
Figura 1. Manoel Pontes, redator do texto, atuando no Programa de Residência Pedagógica. Em A, apresentação de um slide intitulado “Ixe, tem as células falsas?”, de uma postagem do Potencial Biótico em seu Instagram; em B e C, aula prática de zoologia dos invertebrados; em D, apresentação de um dos trabalhos no 1º Seminário PIBID e RP da Região Nordeste.

Apesar das adversidades e o fato de os conteúdos de biologia tornarem-se mais árduos para os alunos, todas as aulas foram realizadas de forma amigável, sem tribulações. E com bons resultados obtidos ao término dos bimestres com a realização das atividades, como Quiz, jogos disponibilizados por links de plataformas interativas e questionários disponibilizados por meio do Google Forms.


Em suma, mediante a utilização de metodologias ativas de aprendizagem, pude desenvolver todas as competências estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estimulando assim a formação educacional dos discentes das turmas-alvo e contribuindo com o seu processo formal e informal de aprendizado.


Participei do I Seminário PIBID e PRP da Região Nordeste (assista às mesas redondas clicando aqui), apresentando dois trabalhos realizados durante a vigência do trabalho. Além disso, tive a honra de escrever dois capítulos de livro, relatando as experiências que vivenciei durante o Programa de Residência Pedagógica.


Ou seja, as oportunidades não me faltavam, e as abracei com o intuito de engrandecer o programa, bem como a produção científica. Com isso afirmo, com veemência, que o Programa de Residência Pedagógica possui um impacto de extrema relevância para a formação inicial dos licenciandos.



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Escrito por: Manoel Celestino de Pontes Filho (@manoelpontes_)

Revisado por: Nicolas Nathan dos Santos


Como citar este texto:


PONTES FILHO, M. C.; SANTOS, N. N. Como a Residência Pedagógica está revolucionando a educação? Confira!. Potencial Biótico. Disponível em: <https://www.potencialbiotico.com/post/residenciapedagogica>

Acesso em:



Referências bibliográficas:


Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Portaria Gab. Nº 259, de 17 de dezembro de 2019. Dispõe sobre o regulamento do Programa de Residência Pedagógica e do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Disponível em: <https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/19122019-portaria-259-regulamento-pdf>. Acesso: 14/10/2022.



Ministério da Educação (MEC). São Paulo será a primeira cidade a aderir ao Programa de Residência Pedagógica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/211-218175739/57441-sao-paulo-sera-a-primeira-cidade-a-aderir-ao-programa-de-residencia-pedagogica>. Acesso: 14/10/2022.



 

Manoel Pontes

Redator

Graduado em Ciências Biológicas (licenciatura) pela UFPB. Mestrando em Ecologia e Monitoramento Ambiental (PPGEMA/UFPB). Atua em atividades de ensino e extensão.


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